Wednesday, February 05, 2014

A Distância Aproxima!


Quando o preconceito injustificado contra a aprendizagem a distância vai começar a desaparecer?
A maior crítica a essa modalidade de ensino é que a qualidade não é a mesma do ensino presencial.
Pergunto: quando se fala em ensino a distância, de que distância estamos falando? Distância do quê ou de quem?
Um professor em uma sala de aula com quarenta alunos, passando o ponto na lousa, de costas para a classe, está presente mesmo?
Os alunos, rabiscando no caderno, mexendo no celular, dando tapão na cabeça do colega, usando drogas até, estão presentes mesmo?
A distância ou a proximidade entre alunos e professores depende de um ambiente adequado, é claro, mas o ambiente, por si só, não garante a qualidade da interação. E é a boa interação que vai ajudar a despertar ou aumentar o interesse pela aprendizagem.
Minha experiência com ensino a distância, tanto com pequenos grupos de até quinze professores em processo de formação ou atualização profissional, como com alunos particulares, que começou antes do advento do celular, torpedos, twitters e outras formas mais rápidas e mais baratas de comunicação, tem me mostrado que a distância aproxima. Isso soa paradoxal, mas, na verdade, principalmente aquelas pessoas mais tímidas, quando se veem diante da possibilidade de interação com uma menor exposição, ou seja, escrevendo mensagens sem ter de estar diante de uma plateia, ainda que diminuta, sentem-se muito mais à vontade para interagir.
Pessoas tímidas para falar em inglês comigo, quando sugiro uma aula via Skype, com a câmera desligada, soltam o verbo (no bom sentido!). Creio que se sintam mais protegidas quando estão apenas sendo ouvidas e não vistas. Muitas me contam que ficam mais à vontade e que se concentram mais. Por incrível que pareça, a concentração na hora da aula aumenta mesmo. E isso acontece tanto com alunos particulares como com pequenos grupos.
Acho que esse mundo da boa interação a distância (quando essa distância é apenas geográfica, bem entendido!) tem muito que ser explorado e, para isso, muitos preconceitos e pré-conceitos têm de ser superados.