Cuidado ao expressar em inglês a idéia de ser único em algo, como por exemplo:
"Sou a única mulher nesta sala que estudou tupi."("I'm the only woman in this room who studied Tupi").
Único em inglês pode ser traduzido como only ou unique.
Only passa a idéia de unidade, ou seja, de um único elemento, pessoa, objeto, etc num determinado contexto. Já unique dá a idéia de exclusivo, original, distinto de todo o resto. Posso dizer, então:
“Sou a única (only) mulher nesta sala que estudou tupi.” Mas existem muitas mulheres que estudaram tupi na faculdade como eu. Sei disso porque a sala estava sempre cheia delas. Rs, rs, rs.
Agora, para expressar em inglês que estudar tupi foi uma experiência muito diferente de tudo, ímpar, sem igual, preciso usar a palavra unique.
“Studying tupi was a unique experience.” (“Estudar tupi foi uma experiência única.”)
Também não podemos confundir only (único) com alone (sozinho) ou lonely (solitário).
Para exemplificar, conto um caso verídico:
O rapaz brasileiro aproxima-se de uma moça num bar em Nova Iorque e, para puxar papo, pergunta (ou pensa que pergunta) se ela está sozinha lá:
“Are you only here?”
Pensando ter perguntado "Você está sozinha aqui?", na verdade perguntou: “Você está apenas aqui?”
Ora, como poderia a moça estar lá no bar e em outro lugar ao mesmo tempo sem ter o poder da onipresença? O rapaz queria, na verdade, ter perguntado”: “Are you alone here?"
Não sei o que a moça respondeu, mas imagino que o rapaz tenha ido para casa desacompanhado. O que me lembra do eunuco do título desta mensagem.
Algumas vezes, na tentativa de dizer algo como “Sou o único para esta entrevista de emprego.” (“I’m the only one for this job interview.”), uma pessoa que não leia este blog (olha a pretensão!) pode dizer “I’m the unique for this job interview.”, mas pronunciando unique (único, ímpar, sem igual) como eunuch (eunuco). Assim, o ouvinte entenderá “Sou o eunuco para esta entrevista de emprego.”
A menos que se trate de uma entrevista para guarda de harém, a palavra usada inadequadamente (deveria ser only) e ainda por cima com a pronúncia inadequada também, pode gerar algum mal entendido.
Assim, cuidado para não passar por eunuco quando quiser ser visto como único.
Neste blog compartilho minha experiência como professora, professora de professores, tradutora, e autora de materiais didáticos para a aprendizagem das línguas inglesa e portuguesa. Professores, alunos e tradutores, seus comentários serão muito bem-vindos!
Thursday, November 19, 2015
Thursday, September 24, 2015
De onde vem lanche?
Como todos sabemos, lanche é uma refeição rápida, que pode vir da padaria, do supermercado ou da cozinha de casa mesmo. Pode ser um saquinho de batatas fritas para quem não está nem aí para o colesterol ou uma cenoura crua, para quem está de dieta.
Já a palavra lanche, o leitor sabe de onde vem?
Como muitas das palavras que formam nosso idioma, lanche é um empréstimo de outra língua, no caso, do inglês, lunch, que significa almoço. Nos Estados Unidos, por exemplo, o almoço costuma ser uma refeição rápida, muitas vezes um simples sanduíche (outro anglicismo! = palavra de origem inglesa), diferente do almoço dos brasileiros. Daí usarmos lanche para falar da refeição entre o almoço e o jantar.
Em livros e jornais antigos podemos ver que a palavra era grafada lunch em itálico, para indicar que se tratava de um estrangeirismo, ou seja, palavra emprestada de outra língua. Com o tempo a palavra foi aportuguesada e passou a ser grafada lanche.
Por isso não entendo como alguém pode achar que a palavra snack possa ter mais apelo comercial do que lanche na hora de anunciar um produto. As duas palavras vêm do inglês, sendo que uma já foi aportuguesada. Devem achar que o aportuguesamento tira o brilho da palavra e que o inglês soa mais chique. Ou... quem sou eu para julgar? Talvez estejamos vendo o nascimento de um outro empréstimo vocabular e daqui a alguns anos estejamos falando e escrevendo isneque e ninguém mais vai se lembrar de que se trata de mais um empréstimo para nos referirmos à boa e velha merenda* de antanho.
*(do latim, merere = merecer)
Ilustrações gratuitas (para não dizer clipart!) aqui.
Já a palavra lanche, o leitor sabe de onde vem?
Como muitas das palavras que formam nosso idioma, lanche é um empréstimo de outra língua, no caso, do inglês, lunch, que significa almoço. Nos Estados Unidos, por exemplo, o almoço costuma ser uma refeição rápida, muitas vezes um simples sanduíche (outro anglicismo! = palavra de origem inglesa), diferente do almoço dos brasileiros. Daí usarmos lanche para falar da refeição entre o almoço e o jantar.
Em livros e jornais antigos podemos ver que a palavra era grafada lunch em itálico, para indicar que se tratava de um estrangeirismo, ou seja, palavra emprestada de outra língua. Com o tempo a palavra foi aportuguesada e passou a ser grafada lanche.
Por isso não entendo como alguém pode achar que a palavra snack possa ter mais apelo comercial do que lanche na hora de anunciar um produto. As duas palavras vêm do inglês, sendo que uma já foi aportuguesada. Devem achar que o aportuguesamento tira o brilho da palavra e que o inglês soa mais chique. Ou... quem sou eu para julgar? Talvez estejamos vendo o nascimento de um outro empréstimo vocabular e daqui a alguns anos estejamos falando e escrevendo isneque e ninguém mais vai se lembrar de que se trata de mais um empréstimo para nos referirmos à boa e velha merenda* de antanho.
Ilustrações gratuitas (para não dizer clipart!) aqui.
Wednesday, September 23, 2015
Bafômetro
Alguém aí sabe como dizer bafômetro em inglês?
Bafômetro é breathalyzer (pode ser escrito com s também). Chique, não? Parece ser a combinação de breath (hálito) e analyzer (analisador); ou seja, um analisador de hálito. Soa mais elegante em inglês do que o nosso bafômetro = medição do bafo!!!!!
Mas não se apoquentem nem se abespinhem! Em português, o bafômetro também tem um nome elegante: é etilômetro. Essa palavra, a meu ver, descreve com mais precisão do que o termo inglês o que esse instrumento faz.
O etilômetro mede a quantidade de álcool etílico no sangue por meio da análise do hálito - vulgo bafo (ô, palavrinha feia!) – do motorista.
Para saber como prounciar breathalyzer, clique aqui.
Bafômetro é breathalyzer (pode ser escrito com s também). Chique, não? Parece ser a combinação de breath (hálito) e analyzer (analisador); ou seja, um analisador de hálito. Soa mais elegante em inglês do que o nosso bafômetro = medição do bafo!!!!!
Mas não se apoquentem nem se abespinhem! Em português, o bafômetro também tem um nome elegante: é etilômetro. Essa palavra, a meu ver, descreve com mais precisão do que o termo inglês o que esse instrumento faz.
O etilômetro mede a quantidade de álcool etílico no sangue por meio da análise do hálito - vulgo bafo (ô, palavrinha feia!) – do motorista.
Para saber como prounciar breathalyzer, clique aqui.
Monday, September 14, 2015
Pipitu vem do tupi?
Acho que usar palavras em outros idiomas quando temos a palavra em português é puro esnobismo.
Mas há coisas difíceis de dizer em português, pois não temos a palavra e, se tentamos traduzir da língua original, criamos uma palavra não tão descritiva e, às vezes, precisamos até de uma frase inteira para dizer o que na língua de origem é dito de maneira mais concisa.
Acho que esse é o caso de peep-toe, aquele tipo de sapato feminino aberto na frente.
Pelo que sei, não há nome para isso em português. Para dizer o que a expressão em inglês comunica, seria preciso falar algo como "espia-dedo".
Peep = espiar
Toe = dedo do pé
Ou: sapato com abertura na frente por onde vemos os dedos dos pés.
Não dá, né?
Nesses casos, usamos o recurso do empréstimo lingüístico, que é um empréstimo bom, pois não precisamos pagar juros nem devolver a mercadoria!
Em todas as línguas isso é um fenômeno natural. No caso da tecnologia, usamos as palavras software e hardware, por exemplo, por falta de termo apropriado em português.
(Agora, usar startar em vez de começar e upgradear em vez de melhorar, me desculpem, mas é um absurdo!)
Mas, saindo do computador e voltando ao sapato...
Outro dia ouvi, numa propaganda de loja de calçados, a palavra pipitu. Parei para ver se era o que estava pensando, ou seja, o aportuguesamento da palavra peep-toe ou se alguma palavra em tupi para designar algum tipo de calçado que eu desconhecesse... Embora achasse difícil que os povos tupis usassem algum tipo de calçado...
Vi que a primeira teoria era a mais provável e até lancei aqui um desafio.
Devo admitir que gostei do aportuguesamento. O som em português ficou muito próximo do som original da palava em inglês, ficou fácil de pronunciar e parecido com o som de palavras em tupi. Por isso, foi mais que um aportuguesamento; foi um "abrasileiramento" da palavra! Gostei!
Thursday, August 20, 2015
Trancar matrícula em inglês - Contexto cultural
Recebi um comentário sobre o termo "trancar matrícula" em inglês e achei interessante responder em um post, pois a resposta envolve questões culturais que podem interessar a mais pessoas.
O leitor escreveu:
"Trancar matrícula em inglês ":
Sinto mas acho que discordo; "on leave absence..." pode ter varios: maternidade, trabalho, saude,nas Forcas Armadas as pessoas pedem licenca tanto que existe o WOLA (Without leave of Absence) que e o camarada que deserta ou deixa o servico. Alias trancar matricula e exclusivo de Brasil. Portanto "on leave absence..." na minha opiniao, e muito generico .”
Realmente, o termo pode ser utilizado em outros contextos, por isso, no post original sobre o assunto, recomendo que se escreva ou se diga “on leave of absence from ... (nome da faculdade)”, para não deixar dúvidas do que se trata.
Dizer apenas “I’m on leave of absence” não esclarece do que a pessoa está afastada: da faculdade, do trabalho, etc.
Uma gestante pode estar “on maternity leave”, ou seja, de licença maternidade.
Quanto ao ato de trancar matrícula, entendi que o leitor afirma ser exclusivo do Brasil. Se entendi certo, I beg to differ (Peço permissão para discordar ☺).
O trancamento de matrícula é uma possibilidade em muitas universidades americanas e em outros países também.
A diferença é que em inglês se usa o termo licença (leave), em vez de trancamento. Semanticamente os termos não são idênticos, mas são usados para um procedimento muito semelhante nas duas culturas, ou seja, um afastamento (= leave / trancamento) de uma obrigação com a faculdade/universidade.
Para ler sobre o que uma universidade americana entende por leave of absence, clique aqui.
A Universidade de Chicago chama o processo de Leave Of Absence ou LOA, que é a abreviação utilizada para o processo de trancamento de matrícula também em outras instituições. Harvard usa o mesmo termo.
No site da Duke University consta: "A leave of absence is a temporary interruption of one's studies at Duke, generally for a period of one or two semesters." Ou seja, "Um afastamento (trancamento) é a interrupção temporária dos estudos na Duke, geralmente por um período de um ou dois semestres".
Observem que, nesses sites, o termo utilizado é “leave of absence” para um processo que corresponde ao que ocorre no Brasil quando se "tranca" uma matrícula.
Na Suíça também é possível pedir trancamento por doença, acidente, trabalho, serviço militar, etc em uma faculdade. Veja aqui.
Nesses sites podemos ver algumas expressões úteis para falarmos do procedimento:
- Pedir trancamento de matrícula (em inglês: request a leave of abscence)
- Ser autorizado a trancar matrícula (em inglês: be granted a leave of absence)
*Observem que dizemos apenas trancamento quando o contexto deixa explícito do que se trata; o mesmo acontece quando usamos o termo leave of absence.
Quando o contexto não é claro, precisamos explicitar com que sentido estamos usando a palavra trancamento. Por exemplo: “O trancamento do cofre é automático e o funcionário não possuiu a chave.” "Para fazer trancamento de matrícula o aluno precisa apresentar seus documentos."
- Trancar matrícula: Take a leave of absence
Resumindo: Take a leave of absence é um termo que se aplica a vários contextos. Quando o contexto está claro, não é preciso explicitar dizendo "Estou com matrícula trancada na faculdade" (Em inglês: “I’m on LOA from college”). Por exemplo:
A: Oi, Fulano, como vai indo a faculdade?
B: Tranquei matrícula esse semestre.
Em inglês:
A: Hey, So-and-So, how’s college life?
B: I’m on LOA.
Quando o contexto não é claro, por exemplo, em um CV (Resume), a pessoa vai precisar dizer do que está ausente (do exército, do trabalho, da faculdade)
Resume
Name: So-and-So
Education:
On leave of absence from Faculdade de Filosofia de Araçatuba.
Obrigada por lerem até aqui!
Beijos a todos !
Saturday, April 18, 2015
Novo livro sobre Pirandello
A dica de hoje é para os apreciadores da língua italiana e da maravilhosa literatura de Pirandello.
Vai ser lançado em São Paulo, Pirandello e a Máscara Animal, de Francisco Degani.
Já li O falecido Mattia Pascoal, pelo mesmo tradutor. O texto parece ter sido escrito originariamente em português, tal é o cuidado na adaptação. E as notas explicativas realmente acrescentam à leitura, algo que não costuma ser muito comum. Muitas vezes as notas mais distraem do que aprofundam o entendimento.
Francisco Degani é doutor em literatura italiana pela Universidade de São Paulo, graduado em língua literatura e cultura italianas pelo Consórcio ICON, com sede na Universidade de Pisa, e tradutor, entre outros, de O falecido Mattia Pascal, de Luigi Pirandello (Nova Alexandria/Abril), Não incentivem o romance, de Alfonso Berardinelli (Nova Alexandria/Humanitas), vencedor do prêmio Paulo Rónai de tradução, de 2012, da Fundação Biblioteca Nacional, com Os noivos, de Alessandro Manzoni (Nova Alexandria). Pela coleção Estudos Italianos, já publicou “Pirandello ‘novellaro’. Da forma à dissolução” (Nova Alexandria).
Sobre o novo livro, Doris Nátia Cavallari afirma:
"Degani examina minuciosamente como o animal se apresenta na obra pirandelliana. Não o animal como metáfora do homem e de seus tantos trejeitos bestializados e vis, não o bicho tão rebaixado pela nossa visão que costuma desrespeitá-lo e retratá-lo como fera, sinônimo de nossos próprios vícios e maldades, mas simplesmente os animais: cavalos, cães, asnos e até moscas vistos e representados em sua dignidade natural de seres que habitam esse mundo e parecem ter muito a nos ensinar.
Com divisão em vários subtemas, que organiza a avaliação crítica das novelas, Degani — que traduziu todos os textos analisados — nos cativa com sua escrita leve e, frequentemente, irônica (bem ao gosto do humorismo pirandelliano), a ponto de nos dar a sensação de que há um contador de histórias contando histórias sobre um famoso escritor siciliano."
Espero encontrar meus leitores fãs da boa literatura no lançamento. Podemos bater um bom papo!
Vai ser lançado em São Paulo, Pirandello e a Máscara Animal, de Francisco Degani.
Já li O falecido Mattia Pascoal, pelo mesmo tradutor. O texto parece ter sido escrito originariamente em português, tal é o cuidado na adaptação. E as notas explicativas realmente acrescentam à leitura, algo que não costuma ser muito comum. Muitas vezes as notas mais distraem do que aprofundam o entendimento.
Francisco Degani é doutor em literatura italiana pela Universidade de São Paulo, graduado em língua literatura e cultura italianas pelo Consórcio ICON, com sede na Universidade de Pisa, e tradutor, entre outros, de O falecido Mattia Pascal, de Luigi Pirandello (Nova Alexandria/Abril), Não incentivem o romance, de Alfonso Berardinelli (Nova Alexandria/Humanitas), vencedor do prêmio Paulo Rónai de tradução, de 2012, da Fundação Biblioteca Nacional, com Os noivos, de Alessandro Manzoni (Nova Alexandria). Pela coleção Estudos Italianos, já publicou “Pirandello ‘novellaro’. Da forma à dissolução” (Nova Alexandria).
Sobre o novo livro, Doris Nátia Cavallari afirma:
"Degani examina minuciosamente como o animal se apresenta na obra pirandelliana. Não o animal como metáfora do homem e de seus tantos trejeitos bestializados e vis, não o bicho tão rebaixado pela nossa visão que costuma desrespeitá-lo e retratá-lo como fera, sinônimo de nossos próprios vícios e maldades, mas simplesmente os animais: cavalos, cães, asnos e até moscas vistos e representados em sua dignidade natural de seres que habitam esse mundo e parecem ter muito a nos ensinar.
Com divisão em vários subtemas, que organiza a avaliação crítica das novelas, Degani — que traduziu todos os textos analisados — nos cativa com sua escrita leve e, frequentemente, irônica (bem ao gosto do humorismo pirandelliano), a ponto de nos dar a sensação de que há um contador de histórias contando histórias sobre um famoso escritor siciliano."
Espero encontrar meus leitores fãs da boa literatura no lançamento. Podemos bater um bom papo!
Thursday, March 19, 2015
Ai, que dor de cabeça!
Semana passada fiquei sete dias com dor de cabeça... Sério! Sofro desse mal desde que tinha sete anos de idade. Nossa! Quanto sete! Dizemos que sete é conta de mentiroso, mas nesse caso é verdade!
Esta semana, como estou bem melhor, escrevo sobre as preposições, que dão muita dor de cabeça - ainda que no sentido figurativo - a quem aprende inglês (ou qualquer língua).
Um dos motivos para as preposições serem tão difíceis de se aprender vem do fato de muitas não terem uma relação lógica aparente com as palavras a que se encadeiam.
Podemos dizer, grosseiramente, que existem palavras "cheias" e palavras "vazias" de conteúdo.
As "cheias" seriam os substantivos (cadeira, amor), adjetivos (bonito, frio), verbos (pare, viajou), etc.
Essas palavras comunicam um sentido para quem as reconhece em um determinado contexto. Ou seja, fazem com que nos lembremos de um conceito, como por exemplo: o que é uma cadeira, como é o sentimento amor ou como é algo bonito. Lembramo-nos de imagens e / ou experiências com tais objetos, emoções, etc.
Já as preposições não despertam em nós uma lembrança de um conceito imediato. Tente pensar que imagens as preposições a seguir despertam em você: a, de, para, com. Difícil, não é? Por isso as preposições são consideradas palavras "vazias".
Por serem "vazias", fica mais difícil lembrar quando usá-las em inglês (ou outra língua estrangeira; até em espanhol, essa língua prima da língua portuguesa, há diferenças. Nem sempre podemos usar em espanhol as mesmas preposições do português, embora haja semelhanças).
Claro que há associações com significados que podemos fazer para ajudar a memória.
Por exemplo:
from (de) pode significar origem: I'm from São Paulo, Brazil. (Sou de São Paulo, Brasil.)
to (para) pode significar destino: I'm going to Rio on Easter. (Vou para o Rio na Páscoa.)
in (em) pode significar localização dentro de um limite: I'm in Rio. (Estou no (em + o) Rio.)
on (sobre) pode significar localização (em cima de algo, por exemplo): The book is on the table. (O livro está sobre a mesa.)
As associações podem fazer mais sentido se visualizadas com a ajuda de um mapa mental ou de ilustrações.
Mas nem sempre essas associações funcionam. Assim, uma boa maneira de memorizarmos as preposições é colocá-las em estruturas de frases com contexto conhecido. Quanto mais a preposição estiver em uma frase que tenha sentido e, se possível, significado pessoal para quem a lê, fala ou escreve, mais fácil de lembrar. Por exemplo: I'm tired of this TV show! I never watch it, but people talk about it all the time! (Estou cansada desse programa de TV! Nunca assisto, mas as pessoas falam sobre isso o tempo todo!) Ao escrever algo que me desperta uma resposta emocional, as chances de lembrar das palavras em inglês aumentam.
E há também os casos de regência, ou seja, certas palavras pedem certas preposições, como em português: Quem vai, vai a algum lugar. Quem vem, vem de algum lugar.
Venho de São Paulo. Vou ao Rio. (NÃO diga: Vou no Rio. Quem vai no (em + o) rio, sai molhado!
:-)
Assim, ao ler ou ouvir preposições que queira memorizar, sempre verifique qual a palavra que a antecede, ou seja, que vem antes dela na frase. No texto escrito, a palavra que vem à esquerda da preposição. Regência, em inglês é agreement. Para saber quais verbos normalmente pedem determinadas preposições, é preciso prática.
Fazer exercícios com frequência também ajuda. Aqui há uma série deles, com explicações em inglês.
Para praticar as preposições de lugar, clique aqui. Esse é um exercício para iniciantes.
Este é mais avançado. Este também.
Quem é mais avançado e se prepara para um exame como o Toefl, pode fazer um teste aqui.
Para quem gosta de ler em inglês britânico, este teste é bem divertido. Temos de clicar nas preposições que aparecem no texto. Como elas são palavras mais de ligação do que de significado (são "vazias", lembram?), tendemos a não vê-las. O cérebro faz o olho "pular" as preposições e ler as palavras "cheias". Fiz o teste e, já no primeiro, deixei passar uma. Boa diNERDsão! :-)
The book is on the table and the free clipart is here.
Esta semana, como estou bem melhor, escrevo sobre as preposições, que dão muita dor de cabeça - ainda que no sentido figurativo - a quem aprende inglês (ou qualquer língua).
Um dos motivos para as preposições serem tão difíceis de se aprender vem do fato de muitas não terem uma relação lógica aparente com as palavras a que se encadeiam.
Podemos dizer, grosseiramente, que existem palavras "cheias" e palavras "vazias" de conteúdo.
As "cheias" seriam os substantivos (cadeira, amor), adjetivos (bonito, frio), verbos (pare, viajou), etc.
Essas palavras comunicam um sentido para quem as reconhece em um determinado contexto. Ou seja, fazem com que nos lembremos de um conceito, como por exemplo: o que é uma cadeira, como é o sentimento amor ou como é algo bonito. Lembramo-nos de imagens e / ou experiências com tais objetos, emoções, etc.
Já as preposições não despertam em nós uma lembrança de um conceito imediato. Tente pensar que imagens as preposições a seguir despertam em você: a, de, para, com. Difícil, não é? Por isso as preposições são consideradas palavras "vazias".
Por serem "vazias", fica mais difícil lembrar quando usá-las em inglês (ou outra língua estrangeira; até em espanhol, essa língua prima da língua portuguesa, há diferenças. Nem sempre podemos usar em espanhol as mesmas preposições do português, embora haja semelhanças).
Claro que há associações com significados que podemos fazer para ajudar a memória.
Por exemplo:
from (de) pode significar origem: I'm from São Paulo, Brazil. (Sou de São Paulo, Brasil.)
to (para) pode significar destino: I'm going to Rio on Easter. (Vou para o Rio na Páscoa.)
in (em) pode significar localização dentro de um limite: I'm in Rio. (Estou no (em + o) Rio.)
on (sobre) pode significar localização (em cima de algo, por exemplo): The book is on the table. (O livro está sobre a mesa.)
As associações podem fazer mais sentido se visualizadas com a ajuda de um mapa mental ou de ilustrações.
Mas nem sempre essas associações funcionam. Assim, uma boa maneira de memorizarmos as preposições é colocá-las em estruturas de frases com contexto conhecido. Quanto mais a preposição estiver em uma frase que tenha sentido e, se possível, significado pessoal para quem a lê, fala ou escreve, mais fácil de lembrar. Por exemplo: I'm tired of this TV show! I never watch it, but people talk about it all the time! (Estou cansada desse programa de TV! Nunca assisto, mas as pessoas falam sobre isso o tempo todo!) Ao escrever algo que me desperta uma resposta emocional, as chances de lembrar das palavras em inglês aumentam.
E há também os casos de regência, ou seja, certas palavras pedem certas preposições, como em português: Quem vai, vai a algum lugar. Quem vem, vem de algum lugar.
Venho de São Paulo. Vou ao Rio. (NÃO diga: Vou no Rio. Quem vai no (em + o) rio, sai molhado!
:-)
Assim, ao ler ou ouvir preposições que queira memorizar, sempre verifique qual a palavra que a antecede, ou seja, que vem antes dela na frase. No texto escrito, a palavra que vem à esquerda da preposição. Regência, em inglês é agreement. Para saber quais verbos normalmente pedem determinadas preposições, é preciso prática.
Fazer exercícios com frequência também ajuda. Aqui há uma série deles, com explicações em inglês.
Para praticar as preposições de lugar, clique aqui. Esse é um exercício para iniciantes.
Este é mais avançado. Este também.
Quem é mais avançado e se prepara para um exame como o Toefl, pode fazer um teste aqui.
Para quem gosta de ler em inglês britânico, este teste é bem divertido. Temos de clicar nas preposições que aparecem no texto. Como elas são palavras mais de ligação do que de significado (são "vazias", lembram?), tendemos a não vê-las. O cérebro faz o olho "pular" as preposições e ler as palavras "cheias". Fiz o teste e, já no primeiro, deixei passar uma. Boa diNERDsão! :-)
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