Monday, May 14, 2012

Mais sobre o TOEFL

Hoje publico o e-mail de um leitor aflito. Devia ter feito isso há muito tempo, mas só posso escrever em minhas escassas horas vagas, as quais ultimamente não tenho tido.
Mas antes tarde do que nunca. Leiam a carta, pois sei que há muitas pessoas que podem se identificar com o problema; depois, leiam minhas sugestões.

Estimada Ana,

Hoje entrei pela primeira vez em seu Blog. Fiquei realmente encantado. Muito claro e objetivo. Não é cansativo e motiva-nos.
Meu interesse, além de aprimorar o inglês, era obter informações sobre o TOEFL. Encontrei muita coisa e esclareci muitas dúvidas.
Permita-me invadir seu precioso tempo, mas preciso de uma orientação.
Fiz inglês na escola Escola X. Terminei. Mas fiquei com um gostinho amargo na boca. Era o que, financeiramente, me permitia.
Atuo na área internacional de uma grande empresa brasileira, mas estou deficiente no idioma.
Procuro auto-motivação lendo artigos de revistas e jornais internacionais, mas perco-me na complexidade das frases. (Time, News Week, CNN, Business Week, etc.)
O site que mais aciono diariamente é o da Wharton University e da Business & Strategy, os quais me atualizam em diversos segmentos que gosto.
No site da Wharton baixei vários podcasts, os quais ouço e leio o texto, o que é fascinante.
No carro, durante meu percurso até o trabalho, onde perco 40 min. pela manhã e mais 40 min, no fim da tarde, passo ouvindo os podcasts que baixei.
Obviamente a atenção ao trânsito coloca minha mente “acho” que 50% (será??) disponível para absorver o vasto conteúdo.
Bem, estou frustrado, pois depois de 1 ano agindo assim, ainda tenho pouco vocabulário e dificuldade para conversação.
Quero mudar isso. Desejo obter o TOEFL no início de 2013. Para tanto quero dispender 2 horas por dia de dedicação do idioma.
Please help me ! Vou conseguir? Sozinho? Não disponho de muito recurso para pagar  Escola Y, Escola Z, etc. Voltar a escolas do nível da Escola X me preocupa.
Professor particular? Será?
Puxa, desculpe o longo texto, pois estou desesperado, pois preciso desenvolver meus negócios particulares também na área internacional, mas meu inglês é medíocre.
Um grande abraço e parabéns. Já estou divulgando seu blog na minha rede de relacionamentos, pois é condicionante de sucesso para pessoas que se encontram no mesmo caminho que eu !
V. M.

Caro V.M.,
Muitas pessoas se encontram em sua situação. Realmente, estudar inglês é caro pois é um investimento de longo prazo, principalmente para o mundo dos negócios, que exige fluência para negociações.
Há muitas escolas por aí, mas nem todas têm o mesmo nível. Há algumas que prometem mais do que é possível. Sempre desconfie daquelas que prometem fluência muito rápido e compare número de horas oferecido em cada uma. Nunca compare meses ou anos. Pergunte: qual o total de horas em cada estágio e para o curso todo? Só assim você vai saber quanto está pagando por hora/aula e quanto tempo estará realmente em contato com o idioma.
Sobre sua maneira de estudar ouvindo e lendo, acho boa, desde que te traga os resultados esperados. Como você não tem visto resultados, seria bom mudar de estratégia. Talvez você precise ouvir os CD sem outras distrações.
Para o Toefl, recomendo primeiro conhecer bem o exame e depois fazer muitos exercícios. No site oficial do exame há simulados (cobrados). Você pode fazer uma seção do exame por algo como 6 dólares ou o exame todo, por cerca de 45 dólares. O exame é feito online e você recebe uma avaliação do seu desempenho.  Com isso em mãos, você pode focar sua aprendizagem e, caso não consiga avançar sozinho depois de um tempo de estudo, consiga um professor particular profissional para tirar dúvidas. A parte de Speaking precisa ser praticada com um profissional, que vai corrigir seus erros e ajudá-lo a superar dificuldades.
O site com os simulados pagos é este: http://toeflpractice.ets.org/
Também fico à disposição aqui para tirar dúvidas. 
A minha experiência me mostra que a principal característica das pessoas que conseguem bons scores no TOEFL é a disciplina para estudar todos os dias e não se deixar abater pelas dificuldades e fracassos temporários.
Volte sempre ao Blog para obter mais informações e aquela força para continuar animado. Você consegue!
Bjo
Ana Scatena

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Monday, May 07, 2012

Vai tirar a roupa íntima para provar o vestido?

Outro dia pedi para provar um vestido que vi numa vitrine. Por baixo do vestido havia uma camiseta de alcinhas. A vendedora me perguntou: “Você quer provar com a underwear por baixo?” Pensei: “Ela está me perguntando se quero experimentar a roupa vestindo minha roupa de baixo (underwear)? Mas é óbvio que sim! Por que eu tiraria minha roupa de baixo para provar um vestido?”

Depois dessa rápida confusão semântica, compreendi que estava com meu vocabulário de moda (ou vocabulário fashion?) defasado. Em minha cabeça, a camiseta de alcinhas chamava-se, ainda, camiseta de alcinhas. Mas parece que hoje em dia chama-se underwear.

Acho engraçado como a moda vai mudando o nome das roupas, fazendo parecer que o mesmo é outra coisa. Uma camiseta de alcinhas, por mais que se modernize seu corte, o tecido ou a tecnologia com que é fabricada, continua sendo uma camiseta de alcinhas. Por que chamá-la com outro nome? Se fosse para deixar mais claro do que se trata, eu entenderia. Mas não é o caso.

Lembro-me que no final da década de 90 entrei numa loja e pedi para ver uma camiseta da vitrine. A vendedora, num tom reprovador, me perguntou se eu queria ver o top que eu apontava. Pensei comigo, “Em inglês, top pode ser qualquer coisa que se use na parte de cima de algo; uma tampa de panela pode ser chamada de top; qualquer peça de roupa usada acima da cintura pode ser um top, como um sutiã de biquini, por exemplo.” Achei melhor não perder meu tempo explicando aquilo tudo. E me recuso, até hoje, a pedir para ver um top quando quero ver uma camiseta, um sutiã, uma blusa ou uma jaqueta numa loja.

Mas agora parece que camiseta nem top é mais; virou underwear. E já ouvi o termo sendo usado, adequadamente, para designar camiseta feminina, com alcinhas ou com mangas, camiseta masculina e cuecas. Digo adequadamente porque as camisetas antigamente serviam como roupa íntima. E as cuecas também, embora atualmente muitos homens as ostentem puxadas acima das calças para mostrarem que são fashion!

Em inglês, qualquer roupa íntima pode ser chamada de underwear (sob + vestir = under + wear). O problema é que se trata de um termo amplo, que designa uma categoria, ou seja, várias peças do vestuário. Se temos em português os nomes para essas peças, por que recorrermos ao inglês? Ainda mais, como no caso que citei no início, de forma redundante. Quando se diz under, o sentido é sob, por baixo. Dizer que vou provar uma roupa com a underwear por baixo é um desperdício de palavras, de fôlego, de energia e de tempo. Além disso, a palavra não especifica de que peça se está falando. Ou seja, usamos o mesmo número de palavras, só que para comunicar com menos precisão:
Quer provar o vestido com a underwear por baixo?
Quer provar o vestido com a camiseta por baixo?


O que vocês acham disso? Será que estou implicante demais?

Thursday, February 16, 2012

Sobre materiais para o TOEFL - resposta a um leitor

Recebi uma pergunta muito boa sobre o Toefl e vou responder em um post, pois sei que pode ajudar muitas pessoas interessadas em fazer esse exame:

Ana, tudo bem? Gostei muito do seu blog, ricas informações principalmente vindas de uma pessoa com a sua experiência. Pretendo fazer a prova, e me preparar sozinho em casa com um bom livro. Você faz menção a um livro preparatório "The Official Guide to the TOEFL iBT". Li vários posts na Amazonm muitos disseram que é útil mas náo para a prova real do Toefl para quem almeja um high score. Então pesquisei outras opções (Barron's TOEFL iBT Superpack; Kaplan TOEFL iBT with CD-ROM; Kaplan Cracking the TOEFL iBT with CD, 2012 Edition; The Official Guide to the New TOEFL iBT with CD-ROM), e todas tem algum comment que deprecia. Pode me dizer com sua experiência qual desses seria a melhor opção pra comprar pela Amazon, para quem aprendeu inglês sozinho, já morou fora, mas que precisa dos macetes precisos e certos para se sair bem nas pegadinhas das provas oficiais do Toefl? Muito obrigado.

Primeiro, obrigada pelos elogios! Agora, vamos às orientações que você me pede.
O Official Guide é o único livro escrito pelos organizadores do exame. Como eu disse em outro post, ele serve de referência para o candidato verificar quão próximo está do score desejado. Os outros livros têm bons simulados, mas o Official Guide é o único que publica exames reais anteriores. Além disso, ele vem com um CD com as mesmas provas que estão no livro para que o candidato treine no computador para o TOEFL iBT (internet based TOEFL). Por isso, acho que não dá para estudar sozinho sem ter essa referência.
 Mas esse material por si só pode não ser suficiente, caso o score inicial do candidato esteja muito abaixo do desejado. Então, o melhor é treinar também com outros livros. Nenhum material diático é perfeito, pois as pessoas são diferentes, com necessidades específicas. Acho o material da Longman bem completo. Tem um nível introdutório e um preparatório. O melhor é o candidato ver algumas páginas dos dois livros para saber qual é mais adequado a seu nível. O nível introdutório é mais fácil e o preparatório é do nível de dificuldade esperado para o TOEFL.
Os materiais da Kaplan e de Princeton também são bons, só que com menos exercícios. Os da Princeton são divertidos. Falam do exame com humor sarcástico. 
Agora, para treinar para a parte de Speaking do exame, é preciso ter a ajuda e avaliação de um professor, com conhecimento sobre o TOEFL e sobre os critérios de avaliação. 

Um aviso importante: Não tenho qualquer relação com as editoras citadas no post. O que faço aqui é apenas responder a pedidos de ajuda e sugestões dos leitores com base na minha experiência. A escolha e compra de materiais deve ser feita a partir da análise dos próprios leitores, levando em consideração suas necessidades específicas. Este é um blog sem patrocinadores e sem fins lucrativos e não pretende induzir o leitor a comprar qualquer dos livros mencionados.

Bem, é isso. Espero ter ajudado.
Clipart gratuito aqui.

Sunday, January 22, 2012

E o que mais falta?

Vejam esta manchete de jornal: "Falta passistas altos nas escolas do Rio."
Pergunto aos leitores: E o que mais falta?
Alguns poderiam dizer que falta assunto ao jornal, já que a manchete não é lá muito relevante, mas, como este é um blog sobre idiomas, a manchete serve para chamar atenção para uma falta  que vejo surgir cada vez com mais frequência em jornais, revistas e televisão; na Internet e redes sociais, então...
Estou falando da falta da concordância entre sujeito e verbo.
Pela gramática normativa, ou seja, aquela que dita as normas sobre como a língua culta deve se articular, o sujeito sempre deve concordar com o verbo em número. Explicando melhor: se o sujeito está no singular, o verbo deve ficar no singular; sujeito no plural concorda com verbo no plural.
Por exemplo:
A menina é campeã de natação.
Os meninos correm atrás da bola.

O problema acontece quando o sujeito aparece depois do verbo, como em "Falta passistas altos nas escolas do Rio." O sujeito é passistas, mas está depois do verbo. Mesmo assim, a regra é a mesma. O verbo precisa concordar em número com o sujeito, ficando a oração assim: FaltaM passistas altos nas escolas do Rio.

Outros exemplos:
Falta  um mês para o Carnaval e o Rio tem uma carência de passistas altos para as escolas de samba.
Faltam poucos dias para o Carnaval e o Rio precisa de passistas altos para as escolas de samba.

Espero que esse post ajude a resolver pelo menos um problema de falta: a de concordância verbal; quanto à falta de passistas altos, sinto não poder ajudar. :-) Alguém se habilita? :-)
Gostaram do post? Deixem aqui seus comentários, dúvidas ou sugestões. Vou adorar ler!


Free clipart here.

Wednesday, January 11, 2012

O que o TOEFL exige e como preparar-se

O TOEFL (Test of English as a Foreign Language) passou por muitas mudanças desde 1991, quando comecei a preparar alunos para o exame.
A última mudança, implantada no Brasil a partir de outubro de 2006, foi a que mais me agradou. Acho que o exame ficou mais difícil, porém mais adequado para avaliar as habilidades lingüísticas do aluno. Também acho que passou a exigir habilidades de raciocínio mais elevadas do que as necessárias anteriormente, quando a memória era a capacidade preponderante.
Hoje em dia, para estar bem preparado, o aluno precisa saber, além do inglês, como extrair e resumir conteúdo de textos escritos e orais. Isso requer o uso de funções cognitivas como, por exemplo, levantamento de dados com precisão e exatidão, a consideração de mais de duas fontes de informação e a discriminação entre dados relevantes e irrelevantes, para citar apenas algumas. Tudo isso tem de ser ativado muito rapidamente, pois o tempo de cada resposta na prova é curtíssimo, se comparado ao tempo que costumamos ter nas provas e exames no Brasil. Assim, o aluno precisa desenvolver essas habilidades juntamente com seu conhecimento de língua inglesa, se quiser obter um bom resultado.
Creio que a melhor abordagem para preparar alunos para esse formato do TOEFL seja a da Experiência de Aprendizagem Mediada, com a qual tenho obtido excelentes resultados. Para quem quiser entender como funciona, basta clicar aqui.
Conhecendo como seu raciocínio funciona, o aluno pode se apropriar das estratégias com muito mais rapidez do que em outras formas de estudo. E os resultados chegam mais rapidamente também. Mas que ninguém se engane: ainda assim é preciso muito treino e dedicação para obter um bom score.
Se tiverem alguma dúvida sobre este ou outros exames, deixem sua pergunta nos comentários. Vou adorar responder.


(Clipart gratuito aqui.)

Monday, December 19, 2011

Feliz Natal, Feliz Chanuká!

Caros leitores,
Quero desejar a todos ótimas festas e um 2012 cheio de alegria, saúde e muito progresso nos estudos de inglês!
Agradeço a todos que me acompanham desde que comecei a escrever, em dezembro de 2006, e aos que foram se tornando leitores no decorrer desses anos todos. Obrigada por ler e por dar sua contribuição, fazendo perguntas, comentários, discordando.
Espero, realmente, poder escrever com mais frequencia em 2012, pois assunto e vontade não me faltam.
Assim, com esse post aproveito (como sempre...) para dar algumas dicas que podem ajudar no aprendizado da língua inglesa.
Então, vamos lá:
Os cristãos comemoram em 25 de dezembro o nascimento de Cristo. Em português, chamamos essa data de Natal, palavra relacionada a nascimento. Originou-se do verbo nāscor (= nascer), em latim.  Observem que temos a palavra natal em natalício, que é sinônimo de aniversário. No Brasil a palavra natalício não é usada com frequencia atualmente. Perguntamos: "Quando é seu aniversário?" Mas podemos encontrar  "Quando é seu natalício?" no museu das palavras.
No espanhol temos uma palavra de mesma origem: Navidad. É assim também em italiano: Natale.
Em inglês, Natal é Christmas: Christ (Cristo) + mass (missa), ou seja, Natal é dia da Missa de Cristo!
Os judeus têm uma celebração na mesma época do ano, o Chanuká. A palavra chanuká significa dedicação. A data segue o calendário judaico e, em 2011, será comemorada nos dias 20 a 28 de dezembro.
Vejam como dizer em inglês as saudações:

Feliz Natal! = Merry Christmas!
Feliz Chanuká! = Happy Hanukkah! 


Gostaram de saber? Então, deixem aqui seu recadinho. Vou adorar receber esse presente!

Clipart gratuito aqui.

Monday, October 17, 2011

O que um homem traído e um pássaro cuco têm em comum?


Peço desculpas pelo post de hoje, que me parece um pouco vulgar, não só pelo tema como pelo vocabulário. Acontece que temos aqui uma questão cultural que acho que vale a pena comentar:
Temos um termo em português brasileiro para homem traído (por companheira), que aparece também em muitas outras culturas: cornudo ou chifrudo (pardon my French!). 
A origem exata da expressão é desconhecida, mas há algumas possívies explicações para o uso do termo, que remonta à Grécia antiga.
Segundo o Dicionário Houaiss, o termo deriva do latim
cornūtus, 'que tem cornos';com o significado de 'marido traído' a palavra é registrada pela primeira vez em 1618, sem que se saiba o motivo dessa associação; "na Grécia já ocorre (Autemidoro, Efeso, s. II d.C.) kérata poiein 'fazer corno a, enganar um marido'; note-se que os animais de chifre (veados, corças, búfalos, gazelas etc.) vivem acasalados ou as fêmeas ao redor de um macho único, ciumento e brigão (touros, bodes, carneiros etc.); no fr[ancês] predomina cocu, cocue (1694) para 'marido traído' (do fr[ancês] coucou, port[uguês] cuco), do lat[im] cucŭlus 'a ave', que tinha a ac[e]p[ção] fig[urada] 'imbecil, tolo'; t[am]b[ém] no port[uguês] essa ac[e]p[ção] de cuco foi (é) us[ada], mas prevalece a imagem de 'chifre', como em corno e cornudo; no fr[ancês] mari cornu 'marido cornudo' foi us[ado] para mari trompé 'marido enganado'; o Diccionário da Real Academia Española abona o esp[anhol] cornudo na ac[e]p[ção] de 'marido traído'; a ac[e]p[ção] 'cônjuge traído' ocorre c. 1470 para o it[aliano] cornuto [...]."
O mais interessante é que a mesma associação entre ter chifres e ser traído aparece em culturas variadas.
Também chama a atenção a expressão ser usada em relação a homens e menos frequentemente à mulheres.
 Ele é cornudo, em inglês, pode ser dito de várias maneiras:
Informal: His wife cheats (on him) = A mulher o trai.
Informal: His girlfriend sleeps around = A namorada dele dorme com outros.
Menos informal:  His wife betrayed him = A mulher o traiu.

Os exemplos acima são formas verbais de expressar a ideia de traição entre cônjuges. Mas há também uma palavra em inglês para cornudo: cuckold. A palavra não é muito frequente, mas aparece no filme Crazy, Stupid Love, como substantivo, adjetivo e verbo.
O personagem de Steve Carell (The Office), que foi traído pela mulher, afirma que a palavra não é muito usada nos dias de hoje, mas que se aplica à situação dele:

Cal Weaver: You know a word that is not used very often anymore? Cuckold. I'm cuckold. David Lindhagen cuckolded me. He made a cuckold out of me. He slept with my wife and I didn't know about it! And that is the definition of cuckoldom. David Lindhagen took my wife and slept with her. Uuch! Thought I did everything right. Got married, had kids, the house. What do I get for it? I get cuckolded? David Lindhagen cuckolded me, he made a cuckold out of me.
I'm cuckold = Sou cornudo.
Lindhagen cuckolded me = Lindhagen me transformou em um cornudo.
He made a cuckold out of me. = Ele me transformou em cornudo.
I get cuckolded? = Eu levo/tomo um chifre/um par de chifres? 

No inglês o termo deriva de cuckoo, o pássaro cuco, cuja fêmea deposita ovos em ninhos de outras aves; sem relação, portanto, com a imagem dos chifres existente em português e outras culturas, mas guardando uma relação mais direta entre o símbolo (o cuco) e o ser representado (o homem traído).

Boa semana a todos e... Don't get cuckolded! 


Clipart gratuito do pássaro traidor aqui.



Tuesday, October 11, 2011

Isso não é enganação!

Recebi um e-mail me oferecendo lucros crescentes para eu trabalhar em casa. Não preciso vender nem comprar nada, só divulgar um site. E deixaram bem claro que se trata de um "trabalho sério".
O texto afirma que eu posso desconfiar que a oferta seja "inganação". O autor até me dá razão, dizendo que posso mesmo desconfiar, já que a Internet está cheia de "inganação".
Mas fiquei muito segura quando li que, no caso deles, a oferta é séria, não é "inganação". :-)

Moral da história (1): até para enganar os outros é preciso saber escrever bem a norma culta... Imagine para conseguir um trabalho sério de verdade, que não seja "inganação"...

Moral da história (2): saber a norma culta não deixa você se iludir com e-mails que são pura "inganação"!



Free clipart aqui. E não é "inganação"!

Tuesday, October 04, 2011

Have a safe trip!

Esta semana um dos meus alunos vai viajar para o exterior e já treinamos algumas conversas básicas para que ele possa se expressar com competência em situações sociais. Também tenho um amigo que está estudando inglês sozinho. Então, esse post vai para os dois e para todos que sabem um pouco de inglês e querem rever ou aprimorar os conhecimentos.

Com esses vídeos vocês podem aprender a:

1) Apresentar-se.

2) Perguntar e responder sobre lugar de nascimento.

3) Soletrar e pedir para soletrar.

4) Apresentar-se, soletrar nome, apresentar outras pessoas.

5) Compreender e dizer números.

6) Perguntar e dizer as horas.

Para mais vídeos gratuitos, consultem o site Real English.

Não basta ouvir uma vez. Para lembrar das expressões, é essencial ouvir e repetir várias vezes e, à primeira oportunidade, perder a timidez e praticar com falantes estrangeiros.
Se tiverem dúvidas, terei prazer em ajudar. Deixem uma mensagem aqui. Ou passem para contar se gostaram dos vídeos.
Um beijo, boa viagem e bons estudos!

Friday, July 22, 2011

Pai precoce

Vocês já ouviram falar de alguém ser pai aos 7 anos de idade? E ainda por cima, abandonar o lar nessa idade? Pois foi isso que ouvi na TV:
O repórter, ao falar da biografia de seu entrevistado, afirmou:

"Teve uma infância difícil, pois seu pai abandonou o lar aos 7 anos de idade."

Deve ter sido difícil mesmo! :)
Clipart do bebê abandonado aqui.

Wednesday, July 20, 2011

Problema de estômago que dói no ouvido!

Ouvi hoje na TV mais uma dessas notícias que nos deixam indignados: toneladas de alimentos vencidos são apreendidos todos os meses no Brasil!

Uma mulher deu seu depoimento:
- Comi um alimento vencido e tive problemas gastrointestinal.

Senti-me aviltada! Ou seja, além da pobre mulher sofrer de problemas gramaticais, ainda teve males estomacais!

Eu tive mais sorte. Só meu ouvido doeu com a notícia... ;-) (wink!)
Free clipart: http://tell.fll.purdue.edu/JapanProj/FLClipart/Medical/stomachache.gif

Monday, June 20, 2011

Convenções da língua inglesa

Todo professor de inglês, mais cedo ou mais tarde, vai passar por uma situação destas:

Aluno: Por que  tomar café em inglês é have (=ter) breakfast e não take (=tomar) breakfast?
Professor: Porque sim.

Existem muitas combinações de palavras que não têm explicação, ou cujas explicações se perderam no tempo. Nesses casos, o melhor é memorizar a combinação de palavras unidas por convenção, ou seja, as collocations.

Tenho uma aluna super aplicada que, quando tem tempo livre, vem aqui para meu blog ler as mensagens e visitar os sites que recomendo. Então, para ela, criei exercícios de reforço para o que estamos praticando em classe. E agora publico os exercícios aqui, para os estudantes tão aplicados quanto minha aluna.

Neste exercício, podemos clicar na ficha (flash-card) e ver qual o verbo que se usa com determinadas palavras. Usei para o exercício algumas convenções linguísticas que empregamos para falar de nossas rotinas. Depois de aprender ou relembrar quais são, o leitor pode clicar aqui e testar seus conhecimentos.
Para reforçar o treino e ajudar o cérebro a guardar a informação na memória de longo prazo, há um joguinho divertido aqui. Nele, você deve escrever o termo que acompanha o verbo que "cai" na tela. Se você acertar, o verbo desaparece da página. Se errar, a resposta aparece e você precisa copiá-la para continuar jogando.
Com essa combinação de exercícios, que exige tipos diferentes de raciocínio e combina modalidades diferentes de comunicação (áudio, escrita, imagens, símbolos), as chances de memorização a longo prazo se ampliam.  Assim, quando você tiver de usar essas collocations, vai empregá-las com naturalidade, sem se confundir com as formas em português.
Para escolher os exercícios, me baseei na teoria de EAM. Se quiser saber o que é EAM, leia aqui.

Free clipart here.

Tuesday, May 17, 2011

Emergência de espanhol

Na padaria  dia desses, tive de recorrer aos meus parcos conhecimentos de espanhol para resolver uma emergência. A mocinha do caixa estava quase em pânico pois não entendia os números do CPF que o cliente ditava para ela.

Para quem é de fora de São Paulo, cabe uma explicação: o contribuinte pode ter um retorno de alguns dos  impostos pagos em uma compra se pedir  nota fiscal com o número de seu CPF (Cadastro de Pessoa Física, que corresponde ao Social Security Number nos EUA).

O cliente da padaria, um senhor de idade, repetia: Un -Cêro-Cêro...
E a mocinha do caixa: O quê? Não estou entendendo, moço.
E o senhor: Un -Cêro-Cêro...
Desesperada, a mocinha olhou em volta, pediu ajuda para a colega, que ficou igualmente perplexa  diante do  Un -Cêro-Cêro... repetido no mesmo ritmo e tom.
Condoída, mesmo estando bem atrás na fila, falei bem alto: ZERO-ZERO.
Emergência de espanhol resolvida.
Quando cheguei ao caixa, a mocinha me agradeceu aliviada, mas ainda um tanto nervosa: Muito obrigada! Se a senhora não tivesse me ajudado eu não tinha entendido.
Expliquei que o homem falava com sotaque espanhol e que "zero" em espanhol é pronunciado "cêro".
Claro que a professora dentro de mim não ia sossegar sem dar uma explicaçãozinha, né?

Lendo isso parece que não havia motivo para confusão, não é? Mas acontece que muitas pessoas (muitas mesmo) ficam confusas quando não reconhecem um sotaque diferente. E as tentativas frustradas de entender só aumentam a ansiedade, o que só dificulta mais a compreensão.

Esse problema poderia ter sido resolvido sem minha ajuda se os dois falantes tivessem conhecimento de estratégias comunicativas para usar quando a linguagem oral falha. O senhor, por exemplo, poderia ter gesticulado os números ou feito sinal pedindo uma caneta para escrever, ou apontado os números no teclado do computador.
A mocinha, por sua vez, poderia ter oferecido papel e lápis ou o teclado, para o cliente escrever ou indicar os números.

Uma outra estratégia - bem mais difícil de acionar quando se está nervoso - é usar o raciocínio lógico:
Pensando assim: O cliente está me passando seu número de CPF.  A cada vez que diz um número, ele só pode dizer um dos algarismos na série de 0 a 9. Então, CÊRO se parece com a pronúncia de qual desses algarismos?

Simles, não? Nem tanto. Para ter o raciocínio ágil assim, é preciso terinar estratégias comunicativas até que possam ser usadas automaticamente, sem pensar muito. E isso não costuma se ensinado na escola, acredito. E não deveria ser ensinado só nas aulas de língua estrangeira, mas de língua pátria também.
Grandes mal-entendidos seriam evitados no dia a dia se as pessoas aprendessem na escola a contornar dificuldades de comunicação como a desse caso que contei.

Voltando ao assunto dos números, sempre digo a meus alunos que é preciso aprender a entender e dizer números antes de uma viagem ao exterior. Mesmo que a pessoa não tenha nenhum conhecimento da língua, os números são de grande ajuda, para se dizer o endereço do hotel, número do quarto e para entender preços - para citar só alguns  exemplos.

Por isso, vão aqui algumas dicas de sites onde os leitores podem praticar os números para não passar apuros em padarias e outros comércios pelo mundo anglosaxão.

Para quem está começando ou quer revisar números de 1 a 100, aqui há um podcast que pode ser ouvido on-line ou baixado gratuitamente. O locutor não faz pausas entre os números, mas é possível pausar a gravação para treinar.

Aqui vocês escutam diálogos curtos e respondem a perguntas sobre os números usados.

Neste exercício, o ideal é ler os números que aparecem na tela, tentando antecipar como são ditos em inglês, para depois clicar em listen e ouvir e escrever os números no espaço dado. Para quem já sabe contar de cem a mil em inglês.

Espero que meu post sobre números traga sorte para vocês!

Clipart gratuito courtesy of dailyclipart.

Sunday, April 10, 2011

Música no Divã

Na quinta-feira, dia 14.04.11, em São Paulo, SP, Brasil:
Lançamento do livro Música no Divã, de autoria do psicanalista Leonardo Luiz.
Doutor em psicanálise, Leonardo estuda como a música pode servir como porta de entrada para o inconsciente e importante instrumento para a livre associação no processo terapêutico dos pacientes.
Tive o prazer de fazer a revisão do texto e recomendo a leitura a todos os que se interessam pelo tema.
Pra mais detalhes, cliquem nas imagens que ilustram este post.

Boa leitura!

Sunday, March 27, 2011

Como se diz TPM em inglês? E menopausa?

Um irmão meu, o JC, me disse que inventou a cura para os sintomas da TPM (em inglês, PMS,  abreviação de pre-menstrual syndrome).
Ele toma dois Lexotan e os sintomas das mulheres com TPM deixam de incomodá-lo! :-)))
Agora, parece que inventaram a solução para mulheres que, depois de uma certa idade,  sofrem com os fogachos  ou ondas de calor (em inglês, hot flashes ou hot flushes).
Mulheres, nossos problemas acabaram! 
Vejam na matéria aí ao lado como funciona o macacão para menopausa. :-))))

Monday, March 21, 2011

SAT - Leitura

O SAT é um exame que inclui questões de matemática e inglês para os estudantes que pretendem entrar em universidades americanas. Inclusive os estudantes americanos precisam realizá-lo. Os resultados, junto das notas da escola, currículo acadêmico, dissertações e cartas de recomendação são avaliados pelas universidades e os melhores alunos, de acordo com todos esses critérios, são escolhidos.

Para quem acreditava que entrar em uma universidade americana era mais fácil, pois lá não tem vestibular, acho que esse post dá um susto, né? Mas é assim que funciona.

Por isso, hoje vou dar uma dica sobre a parte de leitura crítica de textos  da prova de inglês do SAT, que se divide em leitura  (1. Completar frases; 2.) Responder perguntas sobre textos que variam de 100 a 800 palavras) e redação (1. Exercícios de identificar possíveis erros em orações e parágrafos e escolher a melhor alternativa para corrigi-los; 2. Dissertação).

Na prova de leitura crítica, o essencial é que o candidato leia o texto rapidamente, de maneira ativa, tentando descobrir a ideia central, a tese que o autor defende, a que público se dirige e qual o tom do seu texto (crítico, irônico, neutro, etc.)

Feito isso, o aluno deve ir para as questões, tomando cuidado em entender exatamente o que a pergunta quer que ele encontre no texto. Sublinhar as palavras-chave da pergunta ajuda a manter o foco.
 Então, o aluno pode ler com mais calma o trecho onde acredita estar a resposta.

Ler o texto todo antes de ir para as perguntas é uma má estratégia: consome tempo e nem todo o texto vai ser discutido nas perguntas, apenas trechos dele.
Assim, a visão geral é mais importante para uma primeira leitura, pois ajuda o cérebro a se concentrar no tema e a eliminar interpretações absurdas.
Muitos alunos brasileiros têm dificuldades com a estratégia de SKIMMING (leitura rápida, saltando palavras e frases, para a apreensão de ideias principais) pois aprendemos (ainda!) na escola que a boa leitura começa na primeira palavra da primeira linha e só termina na última palavra da última linha. Esta é apenas mais uma forma de ler, muito eficiente para lermos um contrato, por exemplo.
Contudo,  exames que têm por objetivo selecionar alunos que terão uma enorme carga de leitura na universidade, precisam testar, principalmente, as habilidades de SKIMMING e SCANNING (ler em busca de informação específica).
Para saber mais sobre a seção de leitura do SAT, assista a esse vídeo, que selecionei para meus leitores.
Espero ter ajudado! Deixe aqui suas dúvidas e comentários.
Beijos a todos.



O clipart gratuito deste post está aqui.

Thursday, March 17, 2011

Tecnologia surpreendente

A televisão sempre nos surpreende com novidades inimagináveis. Acabei de ouvir uma apresentadora divulgando um produto e informando que ele pode ser entregue por telefone! Sensacional, não? Você liga, faz seu pedido e o produto chega em sua casa via telefone.

E tenho certeza de que ouvi bem. A bonita moça falou assim:
"Esses sete produtos vai (sic) ser entregue na sua casa através do telefone xxxx-xxxx."
Ora, como "através" quer dizer "pelo centro de", "de lado a lado", então, entendi que o produto chega via telefone. Como a tecnologia avança a passos rápidos!

Monday, February 14, 2011

Happy Valentine's Day!

Caros leitores,
14 de fevereiro é dia de Santo Valentino (do latim, valentia: força, capacidade). Nos EUA e em outros países é o Dia dos Namorados, que no Brasil é comemorado em 12 de junho.
De acordo com o dicionário de etimologia online, uma namorada escolhida nesse dia era uma valentine, conforme costume iniciado nas cortes inglesa e francesa no século XIV.
Mais tarde iniciou-se na Inglaterra o costume de enviar cartões aos namorados e namoradas.
Hoje em dia, nos EUA, é comum enviar cartões, flores e presentes aos namorados e namoradas e também a pessoas queridas nessa data. As crianças trocam cartões entre si e também os enviam a seus pais, avós, professores.

Uma mensagem comum nos cartões é "Be My Valentine", que quer dizer "Seja meu namorado / minha namorada."

A palavra Valentine passou a significar também cartão ou carta para namorado/namorada a partir do século XIX.

Desejo então, que todos os leitores e leitoras tenham um Happy Valentine e aproveitem a ocasião para aprofundar seus conhecimentos em inglês!
Deixo aqui um dos meus poemas favoritos, de e.e. cummings, meu poeta favorito em língua inglesa:

somewhere i have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near

your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully, mysteriously) her first rose

or if your wish be to close me,i and
my life will shut very beautifully,suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;

nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility:whose texture
compels me with the colour of its countries,
rendering death and forever with each breathing

(i do not know what it is about you that closes
and opens;only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody,not even the rain,has such small hands

- e.e. cummings

Para ver uma das traduções para língua portuguesa, clique aqui. Essa tradução é do grande Augusto de Campos.

Para os enamorados que quiserem mandar um cartão a pessoas queridas, como o que ilustra esta postagem, basta clicar aqui para outros cliparts gratuitos.

Thursday, February 03, 2011

Você diz para seus convidados tomarem água em cima da mesa?



Um erro comum que brasileiros fazem em inglês e que pode gerar problemas de comunicação é usar o verbo have (ter) em lugar do verbo there be (haver) nas ocasiões em que se traduz literalmente a forma coloquial do português para o inglês. Observem o seguinte diálogo informal:

A: Estou com sede.
B: Tem água na mesa. (A forma gramatical padrão seria: Há água na mesa.)

É muito comum o aprendiz de inglês traduzir a segunda frase da conversa assim:

Have water on the table, quando a forma deveria ser There’s (There is) water on the table.

Em inglês, o verbo have usado dessa maneira significa tomar = beber.
Ou seja, Have water on the table significa Tome água em cima da mesa (!).

Assim, sempre que quiser usar o verbo have, pense se ele tem significado de haver = existir ou se tem sentido de ter em português. Se tiver significado de existir, provavelmente você precisará usar o verbo there to be. Se tiver o significado de ter, a tradução será, normalmente, para o verbo have.


Veja abaixo mais alguns exemplos de ter em uso informal (muito comum e aceito, porém em desacordo com a gramática padrão da língua portuguesa), seguidos da forma gramatical (porém menos coloquial) com o verbo haver (there to be, em inglês) e, logo abaixo de cada frase, a versão para o inglês.

Tem uma mosca na minha sopa. (Há uma mosca na minha sopa.)
There’s a fly in my soup.

Ia ter uma festa ontem. Você foi? (Haveria uma festa ontem. Você foi?)
There was going to be a party yesterday. Did you go?

Tem duas meninas novas na minha classe. (Há duas meninas novas na minha classe.)
There are two new girls in my class.

Vai ter uma reunião no escritório. (Haverá uma reunião no escritório.)
There will be a meeting at the office.

Tem gente que não sabe falar baixo! (Há pessoas que não sabem falar baixo!)
There are people who can't keep their voices down!

Agora, veja os exemplos em que usamos ter com significado de possuir, não com sentido de haver.

Eu tenho duas irmãs e dois irmãos.
I have two sisters and two brothers.

Ele tem aula de inglês hoje.
He has an English class today.

Ela teve dor de cabeça ontem.
She had a headache yesterday.

Eles vão ter reunião amanhã bem cedo.
They’ll have an early meeting tomorrow.

Na época de faculdade eu tinha um carro muito velho.
When I was in college, I had a very old car.


Espero que você tenha gostado! Deixe seu comentário e sua avaliação para meu post. Se tiver dúvidas, é só perguntar.


Monday, November 15, 2010

No Brasil o chique é ter, não é saber...

Há muito tempo saiu um manual que escrevi sobre estratégias de leitura. O título da obra começava com "Aprendendo...". Pela mesma editora saiu, à mesma época, quase que pelo mesmo preço, uma obra sobre boas maneiras, que tinha no título a palavra "Chique..."
Uma das obras vendeu 1.500 cópias e, a outra, no mesmo período, vendeu mais de 50.000.
Qual obra vendeu mais? O que vocês acham?
Bem, estou comparando duas obras que não se equivalem em conteúdo apenas para provocar um pensamento: será que nós, brasileiros, damos mais importância  à aparência do que à sapiência?
Tenho a impressão que sim. Com o passar do tempo parece que, cada vez mais, aprender é coisa para os sem alternativa: quem não tem beleza para ser modelatriz, quem não é sarado para entrar no reality, quem não tem talento para jogar futebol ou cantar, esses têm de de se conformar em estudar para melhorar de vida.
Foi como respondeu um cantor dia desses ao ser perguntado se as filhas iriam estudar ou se seriam artistas:
– Elas é que vão escolher se querem estudar ou ser artistas.
Como se uma coisa excluísse a outra! Na cabeça da repórter e do cantor, parece que sim! E muitos pensam dessa maneira.
Ou seja: no Brasil, conhecimento não dá Ibope...
Mesmo assim, existem ainda muitas pessoas que querem aprender porque gostam, porque têm prazer em expandir seus horizontes.
Por isso, não podia deixar de atender à convocação do Alessandro Brandão, que sugere divulgarmos mais os blogs educacionais. E como fazer isso? Se você é assinante de um blog, pode passar o link para amigos via e-mail ou anunciar nas redes de relacionamento. Diga por que lê o blog ou frequenta o site ou por que gostou de determinada mensagem. Deixe comentários nos blogs, conte sua experiência. Se você tem um blog ou site, divulgue as boas idéias de seus colegas.
Vamos fazer o conhecimento de baixo custo chegar a mais pessoas. Hoje em dia até em pequenas cidades do interior há computadores ligados à Internet, pagos pelo dinheiro público, que qualquer pessoa pode acessar gratuitamente por um período de tempo.
Se mais gente divulgar os blogs e sites com conteúdo educacional, mais pessoas podem aprender onde estiverem.
Lembrem-se: conhecimento não engorda, não paga excesso de bagagem e nem ocupa lugar na gaveta. Além disso, é a única riqueza que podemos carregar conosco a qualquer lugar do mundo sem ter de pagar taxa de alfândega... Portanto, divulguem!