Tuesday, March 13, 2007

Apothéke, botica, botiquim, botequim, boteco


Inspirada por mais um blog do mestre Jarbas, fui pesquisar no Aurélio de onde vinha a palavra boteco. Descobri que vem do grego apothéke, depósito.
No princípio era a botica…
…que significava “loja em geral”, segundo o dicionário Aurélio. Depois, passou a significar farmácia.
Uma pequena loja era chamada, creio eu, de botequim, palavra que depois passou a ser associada a locais simples – e nem sempre bem freqüentados - onde predominava, e ainda predomina, a venda de bebida.
Hoje em dia não pega mal para uma mulher ir a um boteco (derivação regressiva – da palavra, não da mulher! - a partir do diminutivo botequim), desde que seja um boteco chique, como aqueles que aparecem em algumas listas de bares e restaurantes em revistas e jornais de circulação nacional.
Se o boteco ainda for um local onde se pode conversar e filosofar sobre a vida, melhor ainda.
Caso em sua cidade não haja um boteco desse naipe, não se sinta desafortunado. Visite o Boteco Escola e aprenda e ensine muito!
Ah, em tempo: boteco em inglês pode ser traduzido como bar, tavern ou joint, entre outros, dependendo da conotação que se queira dar.
Joint serve para designar qualquer local barato ou mal freqüentado. Um hotel pode ser um joint, por exemplo.
Bar refere-se ao balcão onde as bebidas são servidas. Há restaurantes em que existe esse balcão, para que se possa beber algo enquanto se espera por uma mesa.
Bar em inglês também pode ser um estabelecimento que contenha tal balcão, portanto, refere-se ao lugar que chamamos de bar na frase: "Vamos tomar uma cerveja ali no bar da esquina". Ou seja, o uso da palavra bar é semelhante em inglês e português.
Tavern denomina um local onde se vende bebida alcoólica e pode ser também um lugar de hospedagem. Portanto, se beber, não dirija. Durma na taverna mesmo!

Monday, February 26, 2007

Ginástica cerebral


Em outra mensagem aqui no blog falei sobre a experiência de aprendizagem mediada (EAM).
Os defensores dessa teoria afirmam que é possível, ao ensinar qualquer conteúdo, também modificar as estruturas cerebrais de quem aprende, desde que o processo de ensino-aprendizagem seja mediado conforme critérios bem definidos, chamados intencionalidade e reciprocidade, significado e transcendência.
Tenho trabalhado há algum tempo com essa abordagem e visto muitas mudanças em pessoas com graus variáveis de dificuldades para aprender línguas. Os resultados obtidos são melhores e mais consistentes do que aqueles em outras abordagens com as quais já trabalhei.
Este texto conta um pouco do que se sabe sobre o que acontece com o cérebro quando se aprende algo. Com a EAM (Experiência de Aprendizagem Mediada) é possível modificar as estruturas cerebrais das pessoas que aprendem uma nova habilidade, como por exemplo, um idioma. Ou seja, o processo de ensino-aprendizagem pode, em tese, ampliar a capacidade de funcionamento do cérebro.

Wednesday, February 14, 2007

Meu dicionário on-line favorito

Alunos, tradutores, professores e amantes da língua inglesa em geral, se vocês ainda não visitaram o site do meu dicionário on-line favorito, vale a pena fazer um tour por lá (novidade do site!) e aprender como usá-lo. Os leitores freqüentes do meu blog já devem estar achando que recebo comissão pela divulgação, mas não é nada disso!
Apenas acho que um tesouro de informação como esse não pode ficar no anonimato.
Clique aqui para fazer o tour e aproveite para treinar seu inglês, ouvindo sobre os recursos do dicionário.
Bom passeio!

Thursday, January 25, 2007

Food allergy, food intolerance and food fussiness


Recentemente aprendi numa tradução que alergia alimentar (food allergy) e intolerância alimentar (food intolerance) são diferentes. Tanto do ponto de vista linguístico como gástrico.

A primeira é bem mais grave, podendo causar edema de glote e até levar a pessoa à morte. Já a intolerância alimentar causa indisposição gástrica, mas não é tão grave. Há pessoas que têm intolerância à lactose (lactose intolerance), por exemplo.

Agora, tenho um amigo que sofre de um problema diferente. Ele não come uma série de alimentos, mas não por ter alergia ou intolerância a alguma delas.
Entre os alimentos que ele se recusa terminantemente a consumir estão:
- qualquer alimento salgado servido em colher (!): sopas, molhos, etc.
- frutas oleaginosas de qualquer tipo: nozes, amendoim, castanhas, etc.
- pipoca (!), que ele odeia principalmente no cinema. Não comam perto dele!

Quando ele rejeita algum alimento desses as pessoas perguntam se ele tem alergia e ele diz que não, que simplesmente não gosta. Assim, pensei que ele sofre de um terceiro problema. Na verdade, quem sofre é quem o convida para uma festa. :-)

Então, pensei em forjar (em inglês, forge = moldar, inventar) um termo técnico para definir essa situação e cheguei à conclusão que meu amigo sofre de implicância alimentar! Não come porque não gosta e pronto!
Até já sei como chamar isso em inglês: food fussiness.

E vocês, conhecem mais alguém que sofra (ou faça alguém sofrer) em consequência de uma implicância alimentar? Conte aqui.

Monday, January 15, 2007

Como escolher um bom professor de inglês... ou de alemão... ou de francês

O começo do ano é uma boa época para procurar um bom professor particular de inglês, pois muitos estão com horários livres. A partir de fevereiro ou março, fica mais difícil, pois os melhores professores lotam suas agendas antes disso.
Como trabalho na seleção e treinamento de professores há mais de 15 anos (Afe! Desde o século passado!), tenho uma visão sobre as qualidades que um bom professor deve ter. Mas não vou falar sobre isso neste post.
Penso que seria melhor eu dizer que qualidades eu procuraria num professor de francês ou de alemão, dois dos idiomas que pretendo continuar a estudar.
Primeiro, é importante que o professor tenha formação na área, seja ela acadêmica ou adquirida em treinamentos dados em cursos livres de idiomas.
Claro que é importante que o professor tenha sólidos conhecimentos da língua que está ensinando, seja por ter morado fora ou estudado com disciplina e seriedade o idioma.
Mas só isso não basta! É preciso que ele saiba ouvir os desejos e necessidades do aluno e consiga transformar esses anseios em aulas práticas, interessantes, objetivas e que ajudem o aluno a apropriar-se do novo idioma gradualmente.
Muito importante também é que o professor esteja sempre se atualizando em sua área, ou seja, estudando o idioma e a cultura do país onde ele é falado e informando-se sobre novas pesquisas a respeito de como o cérebro aprende línguas. Meu professor de alemão ou francês precisa ser capaz de me explicar por que escolhe determinadas técnicas e exercícios para minha aula, do ponto de vista da linguagem e da cognição. Para aprender, preciso saber o quê estou fazendo e por qual razão.
Além disso, acho desejável que esse professor seja um leitor voraz de literatura, atualidades, filosofia, etc, pois, para mim, um bom professor de línguas tem o amor pela palavra no sangue.
Acho que, se eu encontrar um professor de alemão ou de francês que se encaixe nesse perfil, terei boas chances de desenvolver rapidamente meus conhecimentos desses idiomas.
Claro que com todas essas habilidades, a hora cobrada por esse professor não será das menores, mas com certeza, a aprendizagem estará mais garantida e poderá levar menos tempo.
O preparo do professor pode acelerar em muito o processo de aprendizagem do aluno. Assim, deve-se comparar os custos das aulas no médio e no longo prazo e não apenas o valor hora/aula de cada professor.
Espero que essas dicas ajudem os leitores do Blog a escolherem um bom professor de inglês este ano! E eu vou procurar o meu professor de alemão ou francês com essas qualidades em mente. Alguém se candidata?

Friday, January 12, 2007

Quanto tempo para preparar-se para o Toefl?

Essa pergunta é mais ou menos como: quanto tempo demora a viagem de trem?
Depende de onde você está e aonde quer chegar.
Por isso é importante saber qual seu score atual, fazendo um teste real (inscrevendo-se via Inernet no site oficial) ou simulado, utilizando um teste antigo publicado pela empresa responsável e adquirido em livrarias especializadas. Para ver o nome do material, clique aqui.
Depois, é preciso saber em que nível você quer chegar. A partir daí pode-se estimar o tempo necessário para a preparação.
Na minha experiência com o exame antigo, alunos de nível intermediário-superior a avançado levavam em média de um a três meses para alcançarem o score desejado. Com o exame atual, que testa fluência, esse tempo deve estender-se, mas ainda não tenho dados suficientes para dizer quanto.
Pela minha amostragem de alunos nos últimos anos, para cada hora de aula particular, houve em média uma melhora de 3 pontos no resultado final. Assim, se a pessoa teve 10 horas de aula, o score subiu 30 pontos em relação ao teste inicial. Claro que isso varia de pessoa para pessoa: alguns alunos tiveram melhora de 1 ponto por hora de aula, enquanto houve outros que tiveram melhora de 10 pontos por hora de aula. Qual a diferença? O tempo de estudo que o aluno dedicou extra-aula. Quanto mais horas de estudo e treino no formato do exame, melhor o resultado.
Ter muitas horas de aula e não treinar em casa não dá muito resultado. Um menor número de horas de aula, com um programa bem definido de estudos e um acompanhamento de perto pelo professor, costuma trazer resultados rápidos.
O mais importante é começar a preparar-se o quanto antes, caso se tenha um prazo para a obtenção do resultado.

Monday, January 08, 2007

Prova de inglês do Mackenzie 2007 comparada à da Fuvest

Prometi comparar as provas de inglês do Mackenzie e da Fuvest há um tempo. Desculpem-me pela demora! Aqui vai.
Uma das análises que nos ajudam a saber se uma prova é mais fácil do que a outra é verificar o número de palavras que se parecem com palavras em português. Num outro post aqui no blog, já publiquei o percentual de palavras transparentes (parecidas com palavras em nosso idioma) no primeiro texto da prova da Fuvest.
Vejamos o percentual na prova do Mackenzie agora. As palavras parecidas (transparentes) podem ter o mesmo significado que as palavras em português, mas nem sempre! Ressaltei-as em vermelho.
No primeiro texto da Fuvest, há 31% de palavras parecidas com vocábulos do português. Na do Mackenzie, salvo engano desses meus olhos cansados e da minha péssima matemática (Estudei Letras, não Números! rs,rs,rs), há quase o mesmo percentual: 30%.
Por que meu sobrinho Danilo acertou mais questões na prova do Mackenzie, então? Se vocês leram minhas postagens sobre a Fuvest e respostas para o Danilo, podem ter uma pista. Alguém se arrisca? Essa pergunta é muito fácil!
SLEEP AND EMOTIONS
Ninety-five per cent of adult Americans average seven to eight hours a night. The rest seem to need more than nine hours, or get along nicely on less than six. What distinguishes the long and short sleepers from the majority? To get some answers, psychiatrist Ernest L. Hartmann, 36, advertised in Boston and New York papers for long and short sleepers to engage in an eight-night “sleep-in” at Boston State Hospital’s Sleep and Dream laboratory, which Hartmann directs. His findings indicate that such people differ from ordinary sleepers – and each other – not so much physically as psychologically. For them sleep serves varying, sometimes surprising purposes.
Testing showed significant psychological differences between long and short sleepers. The shorts tended to be conformist and emotionally stable: “a successful and relatively healthy bunch with very little overt psychopathology”, says Hartmann. “Their entire life-style involved keeping busy and avoiding psychological problems rather than facing them.” They also awakened seldom during the night and arose in the morning refreshed and ready to go.
Long sleepers, in contrast, checked out as nonconformist, shy, somewhat withdrawn, and melancholy. Reports Hartmann: “Almost all showed evidence of some inhibition in the spheres of sexual or aggressive functioning. Some betrayed “mild anxiety neuroses” and depression.
Moreover, they slept fitfully, waked often and typically got up with a mild case of the morning blahs.
At first Hartmann was tempted to classify the restless long sleepers as “well-compensated insomniacs” who had to spend more hours in bed simply to get enough sleep. He changed his mind with the discovery that long, short and average sleepers all spend about the same amount of time in what researchers call “slow-wave sleep”, the deep and relatively dreamless state, totalling some 75 minutes a night, when people are presumed to get their real recuperation from the activities of the previous day. Additionally, Hartmann concluded that long sleepers spent nearly twice as much as others in REM (rapid eye movement) sleep – a state in which the sleeper’s brain is as active as in full consciousness.
REM sleep is dream sleep. In addition to the long sleeper’s measurably greater need to dream – that is, to mull over the problems of wakeful life– psychiatrist Hartmann proposes another function of sleep. Since the long sleeper shows more symptoms of emotional problems that the short sleeper, who resolutely avoids his problems anyway, it seems that he may use his hours in bed to give his subconscious sleeping self more time to examine these problems and, if possible, to work them out.
(Adapted from Time.)

Friday, January 05, 2007

Feliz 2007!!

Queridos leitores, como dizem algumas legendas mal traduzidas do cinema americano: Minhas apologias! (My apologies = minhas desculpas. Apologia em português significa louvor, elogio).
Gostaria de ter escrito uma mensagem para o Natal e a passagem de ano, além de para o Chanuká, que coincidiu com o Natal em 2006, mas foi impossível.
Tive vários alunos que pediram aulas adicionais e fiz uma tradução longa em prazo curto (que novidade, certo, tradutores? J). Assim, não pude deixar aqui a mensagem que eu queria. Mas ainda é tempo de desejar a todos Happy New Year (Feliz Ano Novo)!!!
Que todos os alunos, professores e tradutores de inglês e português continuem a se aprofundar no estudo desses belos idiomas para ajudarmos a melhorar a comunicação entre os homens.
A esse propósito, deixo aqui mais um trecho do livro que recomendei em outra mensagem:
Para a autora, a tradução “transcende sua definição usual para caracterizar a atividade humana: traduzir, como forma de compreender a natureza e os homens.” (Os Labirintos da Tradução, de Sabine Gorovitz, Editora UNB, 2006, p.45).
Que em 2007 possamos traduzir e compreender melhor a nós mesmos e aos outros!

Monday, December 18, 2006

Resposta aberta ao Gui

Bem, para entender esta resposta, vocês precisam ler a Charadinha e a resposta do Gui.
.
.
.
Já leram?
Pois então, esta é para vestibulandos:
Qual foi a pergunta da charadinha?
A resposta do Gui respondeu à pergunta?
A resposta do Gui está certa ou errada, Lombardiiiiii?*
Aguardo seus comentários.


*Aos meus leitores de Portugal: essa brincadeira faz referência a um bordão de um apresentador de TV muito famoso no Brasil, chamado Sílvio Santos, que se dirige assim ao seu locutor no programa do tipo perguntas e respostas (Quiz shows nos EUA).

Thursday, December 14, 2006

Vestibular Mackenzie 2007 - inglês

O Mackenzie tem à disposição para download o exame, gabarito e comentários sobre a prova de inglês 2007. Para ver, clique aqui. O site está muito bem organizado, com possibilidade de se ler a prova em PDF ou HTML. Cool!

Quanto aos meus comentários, só mais tarde, depois de eu dar minhas aulas do dia (Sim, alunos particulares continuam tendo aulas em dezembro! Quem quer aprender o idioma e não só tirar nota para passar de ano, continua estudando. Meus alunos de conversação só param dia 22.12. Isso é que é esforço concentrado, senhores do Senado e do Congresso! Rs,rs,rs)

Depois, ainda tenho de corrigir e despachar uma tradução.
Mas não vejo a hora de ter um tempinho e avaliar se a prova do Mackenzie teve o mesmo grau de dificuldade da prova de inglês da Fuvest.
Não percam!
Beijos aos vestibulandos e pais de.

Tuesday, December 12, 2006

Charadinha

O que esses produtos/serviços têm em comum?

1. Hospedagem em hotel: 3 dias totalmente gratuito.
2. Camisetas e shorts infantil.
3. Lindas saias bordada.

Quem vai responder à pergunta mais rápido?
Tic-tac-tic-tac...

Sunday, December 10, 2006

Mais duas estratégias: prova de inglês da Fuvest 2007

Eu já havia dado uma estratégia para entender o primeiro texto de inglês da Fuvest 2007: acionar conhecimento prévio sobre o assunto. Em outra mensagem coloquei um link para um texto sobre o tema tratado na prova, mas em português.
Uma outra estratégia, combinada à anterior, que pode facilitar a compreensão do texto, é procurar as palavras de grafia semelhantes ao português e tentar inferir o significado das palavras deconhecidas a partir do conhecimento do assunto + o reconhecimento das palavras de grafia parecida com o nosso idioma.
Transcrevi o texto da prova e marquei em vermelho as palavras que, mesmo que o candidato deconhecesse, poderia reconhecer por sua semelhança com o português ("sua semelhança" refere-se à similaridade entre as palavras inglesas e as portuguesas e não à semelhança do candidato com o habitante ou originário de Portugal!)

CHILE, which has South America's most successful economy, elected its first female president. But the lot of Chilean women is by many measures worse than that of their sisters elsewhere in the region. A smaller proportion of them work (see chart) and fewer achieve political power. According to a recent report by the Inter-Parliamentary Union, an association of parliaments, 15% of representatives in the lower house of Chile's Congress are women, less than half the proportion in Costa Rica and Argentina and below the level in eight other countries in the region, including Venezuela and Bolivia. Chilean women hope that Michelle Bachelet's presidency will improve their position but there are worries that she will do more harm than good. (site do original: this year. But the of www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=7281220)

O texto tem 121 palavras e 39 delas são parecidas com o português, ou seja, 31% das palavras podem ser reconhecidas, mesmo que não se tenha o conhecimento desse vocabulário. Claro que entre elas pode haver palavras parecidas com o português mas de significado diferente. Mas isso é assunto para outra mensagem!

Mesmo assim o texto continua complicado? Será que é por que você não conhece as 200 palavras mais comuns em inglês? Visite este site e veja se sabe o significado das palavras mais comuns ( o site traz a tradução para o espanhol). Depois, leia o texto da prova de novo. A compreensão melhora? Deixe aqui seu recadinho, que eu vou contando o caminho das pedras para ler em inglês, tá?

Wednesday, December 06, 2006

Site gratuito para o SAT -Mas serve para TOEFL!

Esta mensagem vai para ajudar meu sobrinho Guilherme e outras pessoas que queiram preparar-se para o TOEFL ou SAT.
O site http://www.number2.com/ oferece lições e acompanhamento (eletrônico) gratuito para candidatos ao exame SAT ("vestibular" dos americanos), mas alguns exercícios servem para preparar para o TOEFL: leitura, vocabulário e redação.
O aluno inscreve-se e pode até indicar o e-mail de um professor (ou da tia!) para que este acompanhe as tarefas que o aluno vai fazendo.
É meu site preferido para esse tipo de exame.
Eu me inscrevi como aluna e fiz toda a série de exercícios de vocabulário e sempre que demorava para voltar ao site recebia uma mensagem do tipo "Cara fulana, faz 10 dias que você não acessa..." Mesmo fazendo os exercícios só para conhecer, dava uma culpa... (rs,rs,rs). O site também mostra as estatísticas de erro e do tipo de erro feito.

Tuesday, December 05, 2006

TOEFL

O TOEFL (Test of English as a Foreign Language) passou por muitas mudanças desde 1991, quando comecei a preparar alunos para o exame.
A última mudança, implantada no Brasil a partir de outubro de 2006, foi a que mais me agradou. Acho que o exame ficou mais difícil, porém mais adequado para avaliar as habilidades lingüísticas do aluno. Também acho que passou a exigir habilidades de raciocínio mais elevadas do que as necessárias anteriormente, quando a memória era a capacidade preponderante.
Hoje em dia, para estar bem preparado, o aluno precisa saber, além do inglês, como extrair e resumir conteúdo de textos escritos e orais. Isso requer o uso de funções cognitivas como levantamento de dados com precisão e exatidão, consideração de mais de duas fontes de informação e discriminação entre dados relevantes e irrelevantes, para citar apenas algumas. Tudo isso tem de ser ativado em pouco tempo. Assim, o aluno precisa desenvolver essas habilidades juntamente com seu conhecimento de língua inglesa, se quiser obter um bom resultado.
Pretendo postar mais dicas sobre o exame nas próximas semanas.
Para visitar o site (sítio, em português) oficial do exame, clique aqui.
Se quiser mais informações sobre como preparar-se, deixe uma mensagem aqui, ou mande-me um e-mail: ana.scatena@gmail.com

Sunday, December 03, 2006

Técnica de leitura para inglês da Fuvest 2007

Esta mensagem foi escrita para ajudar meu sobrinho Danilo e outros vestibulandos a entenderem os textos de inglês da Fuvest 2007.

Nem sempre o vocabulário desconhecido é o principal vilão da prova de inglês. Como nenhum texto escrito ou oral existe isolado do mundo, quando o vestibulando tem informação prévia sobre o assunto abordado, a falta de conhecimento vocabular pode causar dificuldades, mas que são superáveis com o uso de estratégias adequadas.
Todo texto precisa ser lido levando em consideração sua intertextualidade, ou seja, sua relação com outros textos existentes.
O primeiro texto da prova de inglês da Fuvest 2007 tratava de um fato ocorrido recentemente na América Latina e que recebeu intensa cobertura de TV e jornal. Para o vestibulando que acompanha os noticiários televisivos ou lê jornal diariamente (não vale ser só de vez em quando!), o tema do texto não foi novidade.
Para demonstrar como a intertextualidade funciona, proponho uma atividade.
Leiam este texto antes e depois o primeiro texto de inglês da Fuvest 2007.
.
. (tempo para a leitura) :-)
.
E aí, ficou mais fácil entender o texto em inglês? Quero ver seus comentários aqui, ok?
Se não ficou mais fácil, deixem uma mensagem para mim no Blog que eu ensino a próxima estratégia. Garanto que com alguns exercícios a compreensão vai aumentar (e sem usar o dicionário, hein!). Boa leitura!

Thursday, November 30, 2006

Prova da inglês da Fuvest 2007

A prova de inglês da Fuvest de 2007 contou com dois textos de publicações importantes em língua inglesa: um da revista britânica The Economist e outro do site do jornal The New York Times. Embora os textos não tenham sido simplificados para facilitar a compreensão, o candidato com boas estratégias de leitura poderia acertar todas as questões com tranqüilidade.
Sabendo ignorar as palavras deconhecidas e utilizar os cognatos presentes no texto, o aluno poderia responder as 4 questões sobre informações específicas, ou seja, aquelas iniciadas por "Accoding to the text...".
Já a questão sobre a idéia central ("In the text, the central idea is...") poderia ser respondida com uma leitura geral do texto e atenção para as palavras-chave gene, genetically, obesity, que se repetem e cuja compreensão é facilitada pelo fato de serem parecidas com palavras em português (palavras cognatas). Além disso, reconhecer o tópico frasal "But they learned that genes were important, too" no primeiro parágrafo garantiria a escolha da alternativa correta.

Friday, November 24, 2006

Palavras que me irritam_1


Governabilidade - Por que não dizer governo? Está em moda dizer que é preciso garantir a governabilidade do país.
Ora, até bem pouco tempo, essa palavra não constava do dicionário.
Governo vem de governar: exercer governo de; imperar em; dirigir; administrar, conforme nos informa o Aurélio. Portanto, por que não dizer "é preciso garantir o governo do país", ou seja, "garantir a administração, a direção, a condução do país"?
Senão, vejamos a seguinte situação:
Um carro trafega por uma estrada em dia de chuva e, ao passar em um buraco na pista, a barra de direção quebra-se. Pergunto: o veículo fica desgovernado ou desgovernabilizado?

Thursday, November 23, 2006

Dica de livro sobre tradução


Ganhei este livro do meu amigo Leo e estou gostando muito.
A autora analisa a legendagem cinematográfica a partir de uma discussão sobre o que é a linguagem do cinema, sobre o papel do cinema como representação do homem e sobre a tradução à luz da teoria sociolingüística.
A discussão da teoria sobre a linguagem visual do cinema pode servir para compreendermos outras formas de texto também.
Quando terminar de ler conto mais!

Monday, November 20, 2006

My bad!


Um leitor ou leitora atento(a) deste Blog chamou minha atenção para o fato de eu ter escrito mal em lugar de mau numa parte da mensagem Dormi mal. Primeiro, gostaria de explicar que fui vítima da DST! De manhã, quando escrevi a mensagem, estava sob o efeito dessa maldição que se abate sobre mim durante certos meses do ano (rs,rs)! Mesmo relendo a mensagem antes de postar, deixei passar esse furo!
Achei a oportunidade boa para escrever sobre a diferença entre mau (bad) e mal (badly).
Quando falamos essas palavras, na maioria dos estados brasileiros, não fazemos distinção entre a pronúncia do -l e do -u finais; pronunciamos mal /máu/como mau /máu/. Creio que no sul do Brasil a pronúncia seja diferente, com o -l sendo pronunciado como /l/ e não como /u/. Algum leitor do sul do país pode me dizer se é isso mesmo?
Por conta de o som ser o mesmo e os significados serem muito próximos é que precisamos prestar atenção à função da palavra na frase para escolhermos entre as grafias mal e mau, pois só na forma escrita é que se marca a diferença. Para escolher entre o bem e o mal, o bom e o ruim, não há o que pensar! Tem de escolher o bem e o bom sempre, certo? O que é bem diferente do que fazem os governantes brasileiros, que sempre escolhem o bem-bom! Mas isso é problema de padrão ético.
Se quisermos obedecer aos padrões gramaticais, escreveremos:
"Dormi mal (advérbio), pois dormi num mau (adjetivo) colchão." (" I slept badly because I slept on a bad mattress.")
Um teste para verificar se escolhemos a forma adequada é pensar nos opostos:
Dormi bem (x mal), pois dormi num bom (x mau) colchão.

Como vêem, desobedeci à regra sem querer, por estar sofrendo de DST. Dessa forma, sugiro que, ao anunciar o DST daqui por diante, o governo também divulgue o seguinte alerta:

"O Ministério da Educação adverte: DST pode causar danos à gramática." :-)
Beijos! Durmam bem hoje, num bom colchão. (Sleep well tonight, on a good mattress.)

PS.: Alguém percebeu a brincadeira com o título (My bad!) e a figura que ilustra esta mensagem? Vamos ver quem é (a)o primeiro(a) a responder aqui?

Thursday, November 16, 2006

Match book

Estou sempre aproveitando oportunidades para aumentar meu vocabulário. Adquiri o hábito de tentar memorizar palavras e expressões que normalmente não achamos em dicionários desde que comecei a dar aulas e a fazer traduções. Hoje em dia é tudo mais fácil com a Internet. Uma busca rápida em fontes confiáveis normalmente resolve a dúvida.
Antigamente, sem Internet e sem produtos importados - que ficaram proibidos no Brasil durante muitos anos - às vezes era muito difícil achar a tradução adequada para as palavras e expressões mais corriqueiras.
Uma vez um aluno me perguntou como se dizia em inglês, "Volte sempre!", frase que a maioria dos comerciantes escrevia em seus estabelecimentos. Depois de muito perguntar a outros colegas professores acabei descobrindo.
Hoje, vendo essa cartela de fósforos (match book) tão bonitinha, deparei com a frase e me lembrei das dificuldades do período pré-Internet, pré-importações e pré-liberdade de imprensa (opa!).
O antigo hábito ficou: sempre que pego qualquer embalagem escrita em inglês fico vendo as expressões do tipo prazo de validade e outras que não se encontra normalmente em dicionários. Depois, tento memorizar, repetindo a expressão várias vezes e anotando em um caderno onde guardo, em ordem alfabética, as palavras que aprendo. Clique na foto e veja que palavras/expressões vocês conseguem aprender ou relembrar.
Ah, sim, se quiserem saber como dizer prazo de validade em inglês, deixem um recadinho aqui. Se souberem como é, pois já olharam lá na sua despensa, na lata de caviar Beluga (rs,rs,rs) contem para nós.